Não era
para ser assim.
Eu te olhava e tu me olhavas. Eu em cima de um palco, e tu a única espectadora. Aplaudiste de pé as bizarrices que interpretei e que, por momentos, te fizeram rir, mesmo a ideia das mesmas sendo exatamente o contrário. Desci ao camarim e tu foste ao meu encontro, dizendo que fui fantástico, digno de Cirque Du Soleil. Conversamos por mais alguns bons minutos e, encabulado, convidei-te para tomar um café. Tu aceitaste, e lá fomos procurar uma cafeteria aberta àquela hora da noite. Ideia falha. Te acompanhei até em casa, nos despedimos, tu entraste e eu segui meu rumo.
Eu te olhava e tu me olhavas. No teu apartamento, tomamos aquele café que dias atrás não conseguimos. Falamos sobre livros, crenças e música. Pediste para eu te apresentar uma banda, e assim fiz. Disseste que não havia como dançar aquela música, te disse para pulares de um lado para o outro, e assim tu fizeste, complementando com um belo chute no guarda roupa. Rimos. Deitamos. Beijamos. Eu não podia demorar, pois tinha trabalhos para fazer, revisar e refazer, todavia tu insististe para eu ficar para a janta. Tu cozinhaste um bom e velho miojo, e, admito, foi o mais delicioso que já comi.
Eu te olhava e tu me olhavas. Eu em cima de um palco, e tu a única espectadora. Aplaudiste de pé as bizarrices que interpretei e que, por momentos, te fizeram rir, mesmo a ideia das mesmas sendo exatamente o contrário. Desci ao camarim e tu foste ao meu encontro, dizendo que fui fantástico, digno de Cirque Du Soleil. Conversamos por mais alguns bons minutos e, encabulado, convidei-te para tomar um café. Tu aceitaste, e lá fomos procurar uma cafeteria aberta àquela hora da noite. Ideia falha. Te acompanhei até em casa, nos despedimos, tu entraste e eu segui meu rumo.
Eu te olhava e tu me olhavas. No teu apartamento, tomamos aquele café que dias atrás não conseguimos. Falamos sobre livros, crenças e música. Pediste para eu te apresentar uma banda, e assim fiz. Disseste que não havia como dançar aquela música, te disse para pulares de um lado para o outro, e assim tu fizeste, complementando com um belo chute no guarda roupa. Rimos. Deitamos. Beijamos. Eu não podia demorar, pois tinha trabalhos para fazer, revisar e refazer, todavia tu insististe para eu ficar para a janta. Tu cozinhaste um bom e velho miojo, e, admito, foi o mais delicioso que já comi.
Eu te
olhava e tu me olhavas, e estava tudo às mil maravilhas. Tomamos mate na Redenção,
caminhamos pela Andradas e almoçamos as sobras de ontem. Comentamos sobre o
quão boa estava a temperatura. Aquele frio que apenas quem é daqui entende.
Assistimos alguns filmes e comentamos sobre os mesmos, entramos em consenso
sobre “Star Wars” ser a maior série cinematográfica de todos os tempos. Isso,
claro, depois de horas batendo boca, afinal tu disseste que “De Volta Para O Futuro” era o maior filme já feito, e após isso eu só lembro de rir sem parar
e tu me dares um tapa. Novamente te levei até em casa, paramos em baixo de uma árvore. Da nosso árvore. “Tchau”.
Eu te olhava enquanto tu virava as costas para ir em direção a qualquer lugar que fosse bem longe. “Não era para ser” e “Eu me diverti muito” foi o que ouvi, "foda-se" foi o que falei. Voltei para casa, quebrei um ou dois copos, baguncei minhas roupas por cada canto e fumei três ou quatro cigarros. Fiquei em êxtase lendo o texto que deixaste em cima da minha cama, que dizia coisas sobre transarmos ouvindo aquela banda que te mostrei há alguns meses, e a maneira que irias tirar a minha roupa. Daqui eu já não te enxergo mais, e sequer consigo imaginar se ainda pensas em algo. Não era para ser assim, Dindi.